O Tribunal de Justiça do Distrito Federal distribuiu nesta quarta-feira (24) o processo judicial que cita o vereador de Canaã dos Carajás, Zilmar Costa Aguiar Júnior, conhecido como Júnior Garra, por crimes praticados contra a administração em geral e por desobediência. Ele chegou a ser algemado e preso na terça-feira (23), em Planaltina, região administrativa do Distrito Federal.
O processo contra Júnior Garra agora irá tramitar na 2ª Vara Criminal e 2º Juizado Especial Criminal de Planaltina, em sigilo. Já em liberdade, nesta quarta-feira, em um vídeo divulgado nas redes sociais, o vereador negou que tenha sido preso, alegando que foi conduzido à Delegacia de Planaltina na condição de testemunha. “Eu nunca tinha visto testemunha andar algemada, é a primeira vez na minha vida”, disse ele para justificar o vídeo em que aparece algemado. Um documento ao qual a reportagem teve acesso, contudo, o cita como polo passivo do processo e informa que o caso está “em apuração”.
O Correio de Carajás enviou e-mail para a assessoria de comunicação da Polícia Civil do Distrito Federal solicitando mais informações sobre as circunstâncias da prisão do vereador, no entanto, até a publicação desta matéria não houve retorno.
Versão do vereador
Em um vídeo, o vereador alega que uma discussão entre ele e um policial militar teria sido o motivo para ele fosse encaminhado a delegacia algemado. Ele diz que estava na casa de um “líder religioso” em Brasília, quando o irmão desta pessoa teria entrado correndo no local, algemado e ensanguentado, acompanhado de um policial militar.
O homem que estava algemado teria caído no chão de bruços, o policial, então, teria saído e retornado em seguida com outros militares, momento que teria iniciado uma discussão entre o vereador e o militar. “Não tenho nenhuma participação. A minha participação foi em tentar ajudar, socorrer o rapaz que estava morrendo sufocado com o próprio sangue”, justificou Júnior Garra.
Histórico
Essa não é a primeira prisão de Júnior Garra. Em setembro de 2023, ele foi preso em Canaã dos Carajás, por acusação semelhante: tentar impedir o trabalho da Polícia Militar.
Já em 2019, uma operação que envolveu agentes da Polícia Civil, Ministério Público Estadual e Poder Judiciário prendeu o vereador por acusações relacionadas a crimes eleitorais cometidos no ano de 2016, durante campanha que o elegeu.
A reportagem não teve acesso ao advogado de defesa do vereador Júnior Garra.
(Theíza Cristhine)
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